lundi 4 juillet 2016

História do Brasil - Primeira República

Primeira República – Período de instabilidades

O Brasil teve vários períodos conturbados em sua história. O advento da República não tem como fugir desta característica, em um período que podemos chamar de Primeira República que começou com o 15 de Novembro de 1889 e terminou com o 3 de Outubro de 1929.
Este período é interessante, sobretudo para a minha pessoa, carioquíssima, pois os personagens foram quase todos homenageados com nome de praças, ruas e monumentos que estive acostumado a passar durante a minha infância e minha adolescência, quando trabalhei vendendo jornais no sinal da zona sul ou como office boy no centro do Rio de Janeiro.
É impossível para mim hoje não conseguir aludir a Praça XV, local de parada de quase todos os ônibus que vem dos subúrbios, zona oeste e baixada fluminense, como homenagem a Novembrada promovida por Deodoro, WandenKolk, Benjamin Constant, Demétrio Ribeiro, Quintino Bocaiúva, Campos Sales e Ruy Barbosa, tão estudado por José Murilo de Carvalho no  livro Formação das Almas.
Estes nomes são inesquecíveis para mim, principalmente porque Marechal Deodoro da Fonseca foi o nome da minha escola municipal de ensino fundamental e ao mesmo tempo a estação de trem da Zona Norte que eu descia para ir para o meu serviço militar obrigatório aos 18 anos de idade. Almirante WanderKolk era o nome do Centro de Instrução para oficiais do Quadro Complementar, localizado numa ilha no meio da Baía de Guanabara, que tinha a sigla em homenagem a este republicano, chamada de CIAW. Enquanto Benjamin Constant é o nome de uma rua localizada no bairro da Glória que até hoje tem a igreja positivista, associando diretamente à defesa da ideologia do Ministro da Guerra o 1º Governo Provisório que tinha o seu chefe máximo o Marechal Deodoro. Por fim, a lembrança de Ruy Barbosa estava associada a minha infância quando morei no bairro do flamengo na avenida paralela à avenida beira mar que homenageava este ilustre homem, chamado também de Águia de Haia, numa rua que tinha a fama de ser a segunda rua mais cara do Rio de Janeiro, depois da Vieira Souto em Ipanema.
Em um período em que o Estado havia sido declarado Laico a partir das intervenções do Ministro da Justiça Campos Sales, o voto tinha deixado de ser censitário, à exceção do que havia sido instituído pela Lei Saraiva de 1881[1], a Primeira República era legitimada apenas por 5% dos eleitores(portanto, menos do que na monarquia parlamentarista que atingiu o ápice de 10% de eleitores em 1870).
            A constituição brasileira de 1891 além de ser positivista, valorizava muito os militares, embora proibisse a guerra de conquista em seu artigo 88, a Carta instituiu o federalismo, permitindo que os Estados tivessem direito a contrair empréstimos no exterior e ter força militar própria, como o Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo, instituindo uma espécie de federalismo dos fortes. No entanto, no plano social a educação básica foi passada como responsabilidade dos Estados, bem como não garantia qualquer forma de proteção ao trabalho. Ruy Barbosa, como relator informal da constituição, preocupado com possíveis indenizações que o Estado brasileiro deveria pagar aos antigos proprietários de escravizados, manda queimar todos os arquivos públicos sobre a escravidão.
Ruy Barbosa além de relator informal era o Ministro da Fazenda do governo provisório e acabou inundando o Brasil com papel moeda impressos por casas bancárias com o intuito de trazer maior liquidez para uma economia que tinha que trabalhar com o fim da escravidão. Um fenômeno chamado de encilhamento que teve como resultado a quebradeira generalizada e uma alta inflacionária duradoura.
Este ensaio de república teve como desfecho a renúncia de Deodoro que tentou fechar o congresso e acabou sendo sucedido pelo Marechal Floriano Peixoto, também homenageado por praças, não tão famosas e o quartel que servi como soldado topógrafo de artilharia, o Regimento Floriano, localizado à vila militar.
O marechal de ferro Floriano Peixoto, interviu em todos os Estados, tentou controlar o Supremo Tribunal Federal, tendo uma levante federalista ferrenha por parte do Almirante Custódio de Melo, Almirante Saldanha da Gama, José do Patrocínio e Olavo Bilac, desde 1893 a 1895. Embora Custódio de Melo, uma homenagem a um famoso navio da Marinha do Brasil atualmente, e Saldanha da Gama tenham sido resistentes em sua empreitada, Marechal Floriano não cedeu e autorizou os massacres do coronel Moreira César na cidade de homenagem ao marechal de ferro: Florianópolis(cidade do Desterro). Além de receber apoio norte americano de uma esquadra e mercenários improvisados e da população, pelas medidas populares de congelamento dos alugueis e rompimento diplomático com Portugal[2].
O braço forte de Floriano resultou na criação pela primeira vez de um partido de expressão nacional, promovida pelo general e deputado Glicério (também nome de uma rua que eu frequentava na minha juventude em Laranjeiras), o Partido Republicano Federal.
O Partido Republicano Federal acabou conquistando uma vitória política considerável ao eleger  o civil Prudente de Moraes como presidente, diante da fragilidade ao final do governo Floriano com a eclosão da Guerra de Canudos no norte  e a revolta Federalista no sul do país , porém a instabilidade aumentou com as tentativas de golpes dos jacobinos da República[3] e que só se estabilizaria após a entrada de Manuel Ferraz de Campos Sales, ex-ministro do governo provisório, governador de São Paulo e depois com a entrada de Marechal Hermes da Fonseca.



[1] Lei Saraiva de 1881 censurava a participação de analfabetos
[2] Um navio português concedeu asilo aos rebeldes da Revolta da Armada permitindo que fugissem para Buenos Aires e entrassem de novo no território brasileiro para apoiar os federalistas no sul do Brasil
[3] Jacobinos da República eram os republicanos radicais que levaram o fim da monarquia e se compunham de positivistas e militares, defendendo o centralismo do Estado na política e na economia, o qual deve regular e atuar a vida em sociedade.

Política Internacional - Novos Atores

Novos Atores no cenário internacional e os Estados Unidos

Os 25 anos de queda do Muro de Berlim(1989-2014) nos lembram também as grandes mudanças que ocorreram na ordem internacional quando os Estados Unidos venceram a União Soviética na Guerra Fria e acabou possibilitando o surgimento de novos atores no cenário internacional. A bipolaridade perdeu para a unipolaridade norte americana, que cedeu espaço para um mundo crescentemente multipolar e questionador da estrutura sistêmica surgida após a Segunda Guerra Mundial, exigente cada vez mais de uma democratização nos espaços internacionais institucionais, mesmo havendo resistências daqueles atores que tinham um maior poder dentro dessas instituições.
As principais mudanças que podemos abordar aqui são aquelas que reforçaram à formação de uma ordem mais multipolar, através de países que tiveram mais recursos de poder como exemplo da Índia e do Brasil. Estes estados atingiram uma maior maturidade, solidificando suas democracias e estabilizando suas economias, assim como a China, após as reformas de Deng Xiaoping[1]. Bem diferente do que aconteceu com a Rússia, que paralisou na sua transição para o capitalismo e só recentemente que veio mostrando um revigoramento da sua atuação no sistema internacional e agora muito mais multipolar, onde os Estados Unidos tem cada vez mais um relativo declínio de seu poder, mesmo que sua capacidade militar seja muito superior e sua economia seja o dobro ou o triplo da chinesa e leve a uma situação de multipolaridade sob liderança americana, a unimultipolaridade[2].
Nesta nova ordem multipolar o papel da Índia, da China, do Brasil e da Rússia não podem ser relevados, assim como à ascensão da África do Sul e da Indonésia, tendo uma importância na formação de blocos de geometria variável, que a diplomacia brasileira tem atuado com seriedade, como os BRICS, IBAS e o BASIC[3].
Alguns foros, extremamente importantes, quanto a questão de distribuição de poder mundial, acabaram sendo também levados nesta onda, como o G-20 financeiro e o G-20 comercial, uma vez que a Rodada de Doha para o Desenvolvimento estava paralisada, devido a divergências entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. Neste sentido, a paralisação no G-20 pode ser considerado um progresso, mesmo que não tenham rendido frutos, segundo analistas de política externa brasileira, haja visto que apenas os interesses dos países desenvolvidos estavam sendo considerados.
Essas divergência são, sobretudo, acerca da agricultura como benéfica ao desenvolvimento, porém estes compromissos acabaram sendo negligenciados e então o debate no G-20 da OMC ficou mais acirrado quando Índia e China mostraram forte resistências quanto à liberalização agrícola, devido a estrutura interna demográfica de seus países, bem como a carência técnica no âmbito da agricultura e, uma desarticulação dos setores agrícolas poderia levar a uma grande migração do campo para os já abarrotados centros urbanos. Além disso, a pressão para os EUA reduzirem seus subsídios agrícolas sem reivindicarem a contrapartida da liberalização dos mercados não agrícolas(NAMA)[4] é um outro ponto de divergência considerável, pois na negociação mandatada[5] na rodada da OMC este compromisso já havia sido estabelecido.
As querelas existentes no G-20 da OMC são dirimidas no G-20 financeiro, devido os países em desenvolvimento se sentirem no mesmo barco e desta forma terem uma maior coesão nas suas deliberações, alcançando um protagonismo muito maior do que o G-8, agora sem a Rússia, devido aos problemas em relação à Ucrânia e a União Europeia.
Um dos maiores consensos no G-20 financeiro foi o compromisso pela reforma do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional através do aumento das quotas-partes para as nações emergentes[6]. Porém nem tudo são flores, principalmente com a desvalorização cambial promovida pela China com o Yuan desvalorizado, dando uma maior competividade à economia chinesa, além do tsunami monetário[7] que atingiu o Brasil, pela sua estabilidade, diminuindo a nossa capacidade competitiva e exportadora, após os pacotes anticíclicos[8] norte americanos que deram excesso de liquidez no mundo.
Por fim, podemos considerar às iniciativas sul-sul promovidas pelos emergentes, embora os países não alinhados tinham este papel como G-77 no passado,  hoje, países como o Brasil, buscam contribuir melhor para uma nova ordem global, menos assimétrica e mais justa, através de contribuições concretas e não apenas uma retórica demandante, como tem mostrado o seu exemplo através da liderança na MINUSTAH, ser credor do FM e financiamento do Fundo IBAS para a redução da Fome e da Pobreza.



[1] Deng Xiaoping implantou uma economia de mercado nos moldes capitalistas através de 4 modernizações: agricultura, indústria, ciência e tecnologia e militar. Atraiu capital e equipamentos estrangeiros ao se reaproximar de Japão, Estados Unidos e Rússia de Gorbatchev.
[2] Uni-multipolaridade é uma conceito híbrido de Samuel Huntington que funde características unipolares e multipolares, através de uma superpotência de várias potências.
[3] BRIC(Brasil, Rússia, Índia e China) é uma ideia concebida por Jim O’Neil, banqueiro de investimento da Goldman Sachs, que se desdobrou ao adicionar o “S” da África do Sul e formou outros grupos de geometria variável como o IBAS(Índia, Brasil, África do Sul) e o BASIC(Brasil, África do Sul, índia e China).
[4] NAMA é uma sigla em inglês que significa Non Agricultural Market Access da Rodada Doha que envolve basicamente a liberalização de produtos manufaturados, no qual os países em desenvolvimento querem garantir maior acesso aos seus produtos de exportação aos países desenvolvidos e perseguir políticas de fomento à industrialização.
[5] Negociação Mandatada é o compromisso de negociar no futuro a negociação anterior, que não foi exaurida.
[6] O aumento de quotas-parte para o FMI, que no caso brasileiro passou de 2,2% para 2,3%, veio aliado às reivindicações dos países emergente para conseguir ganhar maior poder de decisão no FMI, tal como havia sido estabelecido em 2010 na reunião do G-20 em Seul.
[7] Tsunami monetário foi uma expressão utilizada pela presidente Dilma Rousseff no qual a entrada de dólar, procurando economias mais estáveis, como a do Brasil faz o real apreciar e assim as exportações encarecem, levando a perda de competitividade dos produtos exportáveis brasileiros.
[8] O pacote anti-cíclico adotado por Barack Obama ampliou o gasto público, universalizou o sistema de saúde norte-americano e impôs legislação regulatória no sistema financeiro, trazendo excesso de liquidez monetária no mundo

Conceitos básicos de Relações Internacionais I

Este tipo de tema costuma ser abordado nas provas de Política Internacional sem a profundidade que ele costuma ser apresentado ao ser introduzido o estudo. No entanto a não observância a seus conceitos, costuma deixar as pessoas perdidas e sem ideia do que pode inferir quando conceitos como “equilíbrio de poder”, “paradigma de segurança”, “estabilidade hegemônica” ou “poder dissuasório” aparecem em disciplinas diversas, como economia, direito internacional, geografia ou história. Por isso, abordo aqui uma pequena introdução aos conceitos, atores, processos, instituições e paradigmas teóricos das relações internacionais.
A Teoria de Relações Internacionais tem basicamente três grandes debates[1]. Sendo que o mais conhecido é o chamado 1º debate, no qual o liberalismo e o realismo apresentam perspectivas diferenciadas. Vamos, portanto, a partir daqui, entender o que é esse liberalismo e realismo e no que eles se diferenciam.
O Liberalismo, chamado também de idealismo, tem a influência primária de três grandes intelectuais: John Locke, um inglês, Jean Jacques Rousseau, francês e autor de O Contrato Social e Immanuel Kant, se não me engano é alemão, autor da obra A Paz Perpétua.
Immanuel Kant, na obra publicada em 1795, diferencia o indivíduo do Estado, inferindo que o indivíduo pode agir com razão e egoísmo, enquanto o Estado ao ser racional promove a República. Bem diferente dos Estado de monarquias absolutistas, que tem a tendência ao egoísmo.
Ainda em Kant, não podemos deixar de considerar a busca pelo cosmopolitismo, o que levaria à superação das fronteiras nacionais e assim se formaria uma espécie de cidadania mundial, através de uma possível Assembleia de Nações. É isso mesmo gente! Kant, no auspício da independência dos EUA, em 1776, e da Revolução Francesa em 1789, já pensavam em uma assembleia de nações. Hoje temos as Nações Unidas(ONU), fruto de um pensamento que já se desenvolvia há mais de 150 anos.
Ainda na perspectiva idealista das Relações Internacionais, temos o desenvolvimento do liberalismo apontado por Norman Angell[2], através da obra A Grande Ilusão e os 14 Pontos do presidente Norte Americano Woodrow Wilson, defendendo a Harmonia de Interesses[3], a cooperação entre estados e a superação do caráter endêmico da guerra, através de uma organização internacional, concretizada na Liga das Nações[4], criada após a I Guerra Mundial, caudada principalmente pela corrida imperialista entre potências europeias, que tinham a herança do colonialismo promovido pelo absolutismo e mercantilismo europeu do século XVI e, que se traduziu pelo imperialismo como uma espécie de neocolonialismo.
O paradigma teórico que mais debateu com o liberalismo foi o Realismo sob a influência de autores como Tucídides, da obra a Guerra do Peloponeso, Maquiavel, da obra O Príncipe e Hobbes, da obra O Leviatã.
Thomas Hobbes, na sua obra O Leviatã, introduz o conceito de estado de natureza, o qual os seres humanos vivem em anarquia sob constante temor da morte em uma situação de guerra de todos contra todos, no qual o “homem é lobo do homem”. Então, por isso os indivíduos cedem parcelas da sua liberdade ao Estado, que é o Leviatã, levando ao Estado Político que supera a anarquia do estado de natureza.
Sob esta influência, o realismo se desenvolve com Hans Morgenthau, quando lançou o livro A Política entre as Nações, assim como outros intelectuais realistas como Edward Hallet Carr e Edmond Aron, aplicado ao plano internacional, entende que o sistema internacional é anárquico e, portanto inexiste um Leviatã, que impediria a tendência ao conflito.
Em um sistema internacional anárquico há um conflito de interesses, pois há uma busca pela maximização de poder, então, neste sentido, em um ambiente de desconfiança, a utilização de um sistema de auto-ajuda(self-help) leva a um equilíbrio de poder, no qual o Estado é o principal ator do cenário internacional.
Para finalizar a abordagem realista é importante ressaltar os principais pontos desenvolvidos na linha teórica de Hans Morgenthau, que na obra A Política entre as Nações argumenta que os interesses dos Estados são definidos em termos de poder e neste sentido a política imperialista é uma política de manutenção de status quo ou política de prestígio. Portanto, enquanto o Liberalismo acredita num jogo de soma positiva onde todos ganham através da cooperação em instituições internacionais, o realismo acredita num jogo de soma zero, permeada pela disputa pelo poder, seja para manter o status quo ou ocupar o lugar de poder no sistema internacional.



[1] O primeiro grande debate foi as disputas entre realistas e idealistas. O segundo grande debate era entre realismos versus behaviorismo e o terceiro grande debate, após divergências entre realismo, institucionalismo e estruturalismo, temos o debate entre racionalistas e reflexivistas.
[2] Norman Angell foi político britânico, que escreveu a obra A Grande Ilusão, defensor da interdependência econômica internacional e por isso acreditava que a guerra para obter ganhos materiais não teria sentido.
[3] Edward Carr, em sua obra 20 anos de Crise(1919-1939), nos diz que a Harmonia de Interesses acreditava que os Estados ao promover seus interesses, acabavam promovendo o bem comum(forte influência da economia clássica de Adam Smith)  
[4] A Liga das Nações, também conhecida como Sociedade das Nações, foi uma Organização Internacional criada em 1919 na França, onde os vencedores da 1ª Guerra Mundial se reuniram em versalhes para negociar um acordo de paz. Acabou em 1946.

Motivação do Blog

Este Blog fora criado com o intuito de motivar meus estudos para o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática, além de tentar ajudar outros afrodescendentes que pretendem entrar no Itamaraty, o famoso Ministério de Relações Exteriores do Brasil, através da escola de diplomatas do Brasil, denominado Intituto Rio Branco.
Este Blog, sobretudo, vem com o intuito de ajudar aqueles que se consideram afrodescendentes, a introduzir e  auxiliar no aprofundarento de seus estudos para conseguirem serem aprovados na primeira fase do concurso para o afrodescendente: A Bolsa-Prêmio de vocação à carreira diplomática.
Isto porque, o afrodescendente que sonha em entrar para a carreira diplomática, segundo minha opinião pessoal, tem que se preocupar com três grandes aspectos: o estigma ou preconceito de ser praticamente o único do seu meio, principalmente no quesito a cor(o que traz, de uma certa forma, algumas crises existenciais e identitárias), a aspirar tal carreira; os recursos materiais para conseguir se manter nos estudos, sabendo que tem que equilibrar contas de moradia, transporte, alimentação, estudos(seja em cursos ou sozinho) e, muitas vezes, ajuda a familiares;e, por último, a dedicação aos estudos, muitas vezes defasados, devido aos problemas de conteúdo e aperfeiçoamentos(cursos de idiomas e leitura de obras clássicas da literatura brasileira) durante a educação básica, além dos complexos problemas familiares que desconcentram qualquer um.
Claro que este Blog  não tem a pretensão de buscar soluções mirabolantes ou manter um diálogo direto com afrodescendentes que estejam se preparando para o concurso, até por que, não tem também a pretensão de ficar famoso pelas publicações.Pois este Blog foi feito com o objetivo de distensionar as tensões de estudar sozinho, sabendo de todas as pressões sociais, econômicas, acadêmicas e psicológicas que enfrento no meu cotidiano.
Portanto, este Blog teria serventia para aqueles que buscariam auxílio nos seus estudos, se conseguirem achar esta página na internet em algum momento, pois basicamente, em princípio, eu devo publicar regularmente matérias relacionadas a Política Internacional, História do Brasil, Português, Inglês e notícias em geral.
Só peço desculpas aqueles que acabarem acompanhando o blog regularmente, que a qualquer momento eu posso parar de publicar, ao achar que estou perdendo tempo na administração do blog, enquanto deveria estar estudando, pois sou apenas mais um candidato como qualquer um de vocês.

Bibliografia básica para a diplomacia

Já disse que para estudar para diplomacia não é fácil. Mas eu confesso que é gostoso estudar para a diplomacia, uma vez que a gente consegue descobrir muitas coisas sobre o Brasil prático, sobre o Brasil real que as nossas respectivas faculdades acabam não abordando. Você consegue ver o Brasil de diversas formas. Isso serve de instrumento até para pensar em um novo tipo de Brasil ou na manutenção do mesmo. O bom da diplomacia é que esses instrumentos fazem com que seus argumentos sejam densos e fundamentados em várias áreas do saber. Por isso tracei uns livros básicos para estudar para a diplomacia. Observe abaixo e bons estudos:




Lista de livros da diplomacia:

Língua Portuguesa

- ASSIS, Machado. Esaú e Jacó.
ASSIS, Machado. Memórias Póstumas de Brás Cubas.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa.
CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira.
CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo.
CUNHA, Euclides da. Os Sertões.
- FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. 
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil.
- GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever, aprendendo a pensar.
- HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Visão do Paraíso.
- NABUCO, Joaquim. Minha formação.
NABUCO, Joaquim. O Abolicionismo. 
- RAMOS, Graciliano. Vidas secas.
ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas

História do Brasil

- CARVALHO, José Murilo de. A Construção da Ordem/Teatro de Sombras.
CARVALHO, José Murilo de. Formação das Almas. 
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania Brasileira.
- CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados. 
- COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: momentos decisivos. 
- DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra: nova história da Guerra do Paraguai.
FAORO, Raymundo. Os Donos do Poder: Formação do Patronato Político Brasileiro.
FAUSTO, Boris. História do Brasil.
- GOES FILHO, Synesio Sampaio. Navegantes, Bandeirantes, Diplomatas.
- IGLESIAS, Francisco. Trajetória Política do Brasil
LINHARES, Maria Yedda (Org.). História Geral do Brasil.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Introdução à história dos partidos políticos no Brasil.
PRADO JR., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo.
PRADO JR., Caio. História Econômica do Brasil.

História Mundial

- ARRIGHI, Giovanni. O Longo Século XX.
- BURNS, Edward McNall. História da Civilização Ocidental
CARR, Edward H. Vinte Anos de Crise, 1919-1939.
CHASTEEN, Charles. América Latina: uma história de sangue e fogo.
CERVO, Amado Luiz; RAPOPORT, Mario (Orgs.). História do Cone Sul.
FERREIRA, Jorge (Org.). O Século XX vols. I, II e III
HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. 
- ________. A Era do Capital.
- ________. A Era dos Impérios.
- ________. A Era dos Extremos.
KISSINGER, Henry, Diplomacy.
MAGNOLI, Demétrio. História das Guerras.
SARAIVA, José Flávio S. (Org.) História das Relações Internacionais Contemporâneas.

Geografia

- BECKER, Bertha & EGLER, Claudio. Brasil: Uma nova potência regional na economiamundo.
BECKER, Bertha et alli. Geografia e meio ambiente no Brasil.
IBGE. Publicações e Relatórios. www.ibge.gov.br
MAGNOLI, Demétrio. Geografia Geral do Brasil.
MAGNOLI, Demétrio. Geografia Geral do Mundo.
MORAES, Antonio Carlos  Robert. Geografia: pequena história crítica.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Território e História no Brasil.
SANTOS, Milton. Por uma outra Globalização
SANTOS, Milton & SILVEIRA, Maria Laura. Brasil. Território e Sociedade no Limiar do Século XXI.
SILVEIRA, Maria Laura (org.). Continente em Chamas. Globalização e território na América Latina.


Política Internacional

- BULL, Hedley. A Sociedade Anárquica: um estudo da ordem na política mundial.
- CARR, E. H. Vinte anos de crise. 1919-1939.
CERVO, Amado Luiz. Inserção Internacional
CERVO, Amado Luiz & BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil.
GILPIN, Robert. A Economia Política das Relações Internacionais
GUIMARÃES, Samuel Pinheiro. Quinhentos Anos de Periferia: uma Contribuição ao Estudo da Política Internacional
HALLIDAY, Fred. Repensando as Relações Internacionais
KEOHANE, Robert & NYE, Joseph. Power and Interdependence. 
- LAGO, André Aranha Corrêa do. Estocolmo, Rio, Joanesburgo: o Brasil e as três Conferências Ambientais das Nações Unidas
- LESSA, Antônio Carlos & ALTEMANI, Henrique. Relações Internacionais do Brasil: Temas e Agendas Vols. I e II.
MORGENTHAU, Hans. A Política entre as Nações
PECEQUILO, Cristina S. A Política Externa dos Estados Unidos.
PINHEIRO, Leticia. Política Externa Brasileira.
VIZENTINI, Paulo Fagundes. A Política Externa do Regime Militar Brasileiro.


Economia

- ABREU, Marcelo P. A. Ordem do Progresso: Cem Anos de Política Econômica Republicana 1889-1989
- BIELSCHOWSKY, Ricardo. Pensamento Econômico Brasileiro.
- FEIJÓ, Carmem A. et al. Contabilidade Social: a Nova Referência das Contas Nacionais do Brasil. (Capítulos 3 e 5).
GAMBIAGI, Fabio; VILLELLA, A.; BARROS DE CASTRO, L; HERMMAN, J. Economia Brasileira e Contemporânea (1945-2004)
GREMAUD, Amaury Patrick. Economia Brasileira Contemporânea. 
KRUGMAN, Paul & OBSFELD. Economia Internacional.
KRUGMAN, Paul. A Crise de 2008 e a Economia da Depressão.
MANKIW, N. G. Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia. 
PRADO JR., Cario. História Econômica do Brasil.

Direito

0lo- ACCIOLY, Hildebrando e Geraldo Eulálio do Nascimento e Silva. Manual de direito internacional público
- BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico.
- MELLO, Celso de Albuquerque. Curso de direito internacional público.
PAULO, Vicente & ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. 
- REZEK, José Francisco. Direito internacional público: curso elementar.
RIBEIRO LEÃO, Renato Zerbini. Os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais na América Latina.
SEITENFUS, Ricardo. Manual das organizações internacionais.
THORSTENSEN, Vera. OMC: Organização Mundial do Comércio: as regras do comércio internacional e a nova rodada de negociações multilaterais
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. Direito das organizações internacionais