lundi 3 octobre 2016

Trabalhando para mim mesmo

Ainda não me sinto realizado na vida, apesar de todas as coisas que conquistei, não consigo perceber que estou fazendo algo para o resto da minha vida. É por causa disso que todas as oportunidades que tive até agora, desde os meus 18 anos de idade, foram temporárias. Foi assim com o Exército, com a Marinha, com a Matemática e outras oportunidades possibilitadas pela graduação em Relações Internacionais. Todos aqueles lugares eu fiz o que achava que devia que fazer, porque alguém tinha que fazer. Jamais foi para me vangloriar, me trazer poder ou enaltecer meu ego. Foi a ação sem olhar a quem.
De todas as coisas que eu fizera, apenas a graduação em Relações Internacionais, a participação de lutas pelo direito das pessoas pretas e a organização de estudantes africanos, eu havia estabelecido como algo que eu faria para sempre na minha vida. A Diplomacia seria o resultado da graduação em Relações Internacionais e, nessa carreira eu me comprometeria a contribuir para uma política voltada aos direitos da população preta do Brasil e uma relação mais aprofundada do meu país com os países africanos, sobretudo a África Subsaariana.
Durante o período que eu fui militar, trabalhando nas Relações Públicas da Cavalaria ou na Topografia da Artilharia, aprendi a desenvolver cotidianamente as metas e objetivo que meu Esquadrão, minha Seção, minha Bateria requeria, para ser sempre melhor do que antes, exaltando as glórias do passado. Da mesma forma, ao trabalhar no setor de Taifeiros, FUSMA, Esquadrão de Helicópteros, Centro de Instrução de Aviação Naval, Diretoria de Assistência Social da Marinha e Atleta da Marinha, percebi que a marinha tem seus próprios objetivos para alcançar as suas próprias metas, no entanto, sabendo que aperfeiçoar os setores que eu estava na Marinha não fazia parte dos meus objetivos, eu estabelecia para mim mesmo que a mesma quantidade de horas gasta para melhorar a Marinha, eu gastaria para aperfeiçoar-me. 
Foi dessa forma que aprendi a acordar às 4 da manhã para estudar até às 5 ou às 6, antes de seguir a rotina da Marinha que geralmente era até às 18 ou às 21h. Complementava o meu tempo estudando até às 1 da manhã, dormindo apenas 3 a 4 horas por dia. Além de ter os finais de semana todo para eu me aperfeiçoar.

Confesso que não foi fácil. Foi difícil.

Eu quero ser feliz. Eu pareço feliz? Quero ser mais!

A profissão dos meus sonhos, o amor da minha vida, uma família exemplar, uma história de vida incrível, uma condição confortável e a contribuição para uma sociedade melhor, é o meu maior desejo. São por esses motivos que tenho sacrificado meu tempo, meu lazer, minha aparente felicidade, buscando um mundo melhor. Serei melhor do que antes. Com certeza serei e não me arrependerei.

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